Impura
Mais uma noite de pesadelos. Me desperto com os pensamentos turvos, com
lembranças desagradáveis, ou agradáveis demais.
Olho-me no espelho: continuo com uma aparência descuidada, desagradável. Não faz diferença...
Vou à cozinha, entretanto, não tenho fome. ”Não vou comer”.
Acendo então, mais um cigarro. Acordei com os pensamentos turvos...
Melancolia, melancolia... E de repente, uma raiva, uma dor tão forte, que chega a ser física.
Melhor um banho.
A raiva não passa, e a dor também não.
“Quero apagar você do meu corpo, quero apagar-te de minha mente”
Foi o banho mais longo de minha vida, esfreguei tanto, como se aquilo fosse tirar
as lembranças dali, esfreguei até minha pele ficar vermelha e ardente, esfreguei com força sem me importar com a dor... Depois um jato de água fria, mas minhas lagrimas ainda eram quentes demais.Minha pele ardia.
Saio do banho com esperança de que ao me olhar no espelho, seja diferente.
E então, a decepção: Ao olhar-me, ao observar cada traço, cada curva, ainda vejo você. Vejo você e marcas vermelhas de ódio, que talvez seja o que desperto em ti agora.
Ao olhar para meus seios, ainda imagino seus lábios ali, e novamente crio a consciência de que isso jamais se repetirá.
A dor é tão forte, que chega a ser física.
E não me resta nada, a não ser acender outro cigarro e chorar novamente, porque sua presença continua em mim, e ela é incômoda porque não é real;
lembranças desagradáveis, ou agradáveis demais.
Olho-me no espelho: continuo com uma aparência descuidada, desagradável. Não faz diferença...
Vou à cozinha, entretanto, não tenho fome. ”Não vou comer”.
Acendo então, mais um cigarro. Acordei com os pensamentos turvos...
Melancolia, melancolia... E de repente, uma raiva, uma dor tão forte, que chega a ser física.
Melhor um banho.
A raiva não passa, e a dor também não.
“Quero apagar você do meu corpo, quero apagar-te de minha mente”
Foi o banho mais longo de minha vida, esfreguei tanto, como se aquilo fosse tirar
as lembranças dali, esfreguei até minha pele ficar vermelha e ardente, esfreguei com força sem me importar com a dor... Depois um jato de água fria, mas minhas lagrimas ainda eram quentes demais.Minha pele ardia.
Saio do banho com esperança de que ao me olhar no espelho, seja diferente.
E então, a decepção: Ao olhar-me, ao observar cada traço, cada curva, ainda vejo você. Vejo você e marcas vermelhas de ódio, que talvez seja o que desperto em ti agora.
Ao olhar para meus seios, ainda imagino seus lábios ali, e novamente crio a consciência de que isso jamais se repetirá.
A dor é tão forte, que chega a ser física.
E não me resta nada, a não ser acender outro cigarro e chorar novamente, porque sua presença continua em mim, e ela é incômoda porque não é real;